Camilla Camargo: “Não quero meu pai pagando minhas contas"
Filha de Zezé di Camargo prepara-se para estrear novo espetáculo e fala sobre seu desejo de independência financeira
Camilla Camargo durante ensaio da peça “Slavianski Bazaar”, que estreia nesta sexta-feira (11)
Nem a forte gripe tirou a animação e a ansiedade de Camilla Camargo, que está prestes a iniciar mais um trabalho nos palcos. “Tenho que estar boa para a estreia”, afirmou a atriz em entrevista ao iG Gente nessa quarta-feira (9).
A filha de Zezé di Camargo contou que passou o dia de cama para garantir a plena recuperação para apresentação desta sexta-feira (11) do espetáculo “Slavianski Bazaar” no Espaço Satyros Um, em São Paulo. Na peça, Camilla é Nina, “uma atriz de teatro que foi abandonada pelo namorado. Eles frequentavam mesmo grupo de teatro e ele a larga grávida com a ambição de ir para a TV”, antecipou a atriz de 26 anos.
Camilla Camargo: "Estou sozinha, eu e meu trabalho"
A irmã da cantora Wanessa, que está solteira desde que terminou seu namoro com o ator Bruno Udovic há um ano, afirma que atualmente seu único relacionamento é com o trabalho, já que intercala os ensaios de “Slavianski” com os da peça “Quarto 77”, na qual vai substituir outra atriz em breve.
Se Camilla não contará com o aplauso de um namorado na plateia, aguarda ansiosa pela presença da mãe, Zilu Camargo. A mulher de Zezé desembarca no Brasil neste sábado (12), aproveitando uma folguinha nas aulas de inglês em Miami, onde está desde janeiro e deixa saudade em toda a família Camargo. “Meu pai quase morre. Fala que agora, quando ela vier, não vai deixar mais ela voltar para lá”. Confira o bate-papo.
iG: “Slavianski Bazaar” mostra o paralelo entre a televisão e o teatro, onde aconteceu a maioria de seus trabalhos. Não tem planos de fazer trabalhos na telinha?
Camilla Camargo: Realmente, até hoje, praticamente fiz só teatro. Gosto muito de teatro. É onde me sinto mais em casa, preenchida. Não é que não queira fazer TV, é que nunca fui atrás. Agora fechei com uma pessoa para ver essa parte de cinema e TV para mim. Como no teatro estava aparecendo um trabalho seguido do outro, fui fazendo.
iG: Você está ensaiando duas peças ao mesmo tempo. Já trocou as falas durante os ensaios dos espetáculos?
Camilla Camargo: Está uma loucura. Tem outra atriz que está comigo nas duas peças, e no “Slavianski” chamo ela de velha. Já na “Quarto” a chamo de gorda. Então, já chamei ela de velha em vez de gorda, de gorda em vez de velha... É a mesma pessoa, então acabo confundindo (risos). Qualquer coisa, vou chamar logo de velha gorda que serve para as duas peças (risos).
iG: Surgiram algumas notícias de que você teria voltado com seu ex, Bruno Udovic. E você usou o Twitter para desmentir. Esta solteira?
Camilla Camargo: Estou sozinha, trabalhando quase de segunda a segunda. A pessoa tem que ser um santo pra namorar comigo neste momento. Ou meu vizinho, porque realmente não tenho tempo. Estou sozinha, eu e meu trabalho.
iG: Sua irmã está longe da carreira e totalmente voltada ao filho, José Marcus. Você tem vontade de ser mãe?
Camilla Camargo: Vontade eu tenho. E pode parecer clichê, mas tem hora que o organismo pede. Sempre gostei muito de crianças e tenho um monte de afilhados. Mas tem que saber o momento certo, e não é agora. Não tenho condições nem financeiras. Meu pai teria que me ajudar e não é justo isso. E nem tenho uma pessoa. Vou me satisfazendo com meu sobrinho.
iG: Você tem essa preocupação de não ser sustentada pelo pai, mesmo sabendo que ele tem condições para isso?
Camilla Camargo: Eu tenho essa preocupação. Minha profissão é muito complicada financeiramente. A gente tem que ralar. Tem que fazer duas peças ao mesmo tempo para ter uma grana bacana. Óbvio que meu pai me ajuda. Não é questão de hipocrisia, mas de independência. Não quero meu pai pagando minhas contas para o resto da vida. O que procuro é um dia é ter minha independência total. Graças a Deus tenho uma condição de vida maravilhosa, mas sei de onde veio isso, sei quanto meu pai batalhou para isso.
Camilla Camargo: "Minha profissão é muito complicada financeiramente. A gente tem que ralar"
iG: Você ajuda sua irmã nos cuidados com o bebê?
Camilla Camargo: Ai gente, é demais. Segundo minha irmã, ele confunde a voz. Ele nunca me estranha. Todo dia de folga é pra casa da minha irmã que eu vou. Se ele estiver dormindo, acordo ele. Já dei de mamar, porque de vez em quando ela já dá o leite na mamadeira para ele, troco fralda. A Wanessa larga na minha mão no que for preciso.
iG: Ela tem saído pouco, está supermaezona...
Camilla Camargo: Está. A Wanessa mudou da água para o vinho. Virou mulher, mãezona. Nem parece mãe de primeira viagem. Já tem toda uma habilidade em tudo. O Igor (irmão de Camilla e Wanessa) é muito mais novo que a gente. Eu tinha mais coragem de cuidar dele do que ela. Sempre levei mais jeito pra ser dona de casa do que minha irmã. Foi uma surpresa ótima. Ela tirou qualquer tipo de vaidade em prol dele. Tudo é ele. Ela se doa completamente foi muito bonito ver como floresceu essa mãezona.
iG: Falando em mãe, a Zilu está em Miami. Não virá para ver sua estreia no espetáculo?
Camilla Camargo: Ela não estará aqui, mas chega no sábado (12), um dia depois da estreia. Não sei se irá no primeiro sábado porque estará cansada da viagem e no dia seguinte é Dia das Mães. Talvez eu poupe ela neste sábado. Mas minha mãe não perdeu nenhum trabalho meu, não será desta vez.
iG: Você não sente falta dela aqui ao lado da família?
Camilla Camargo: Sinto. Mas o sonho dela foi aprender inglês. Meu irmão fez 18 anos e ela disse que agora estamos vacinados. Então, decidiu ir fazer o curso por um ano. Sempre que dão uma folga para ela, ela vem. E ela fez umas amizades por lá, faz uns trabalhos com as amigas. Sinto falta dela, mas falo com ela por telefone todos os dias. Morro de saudade, mas como sei que é um sonho dela, não me sinto no direito de privá-la disso. Não é justo com ela, que já me deu tanto. Aí eu falo: “Já que está aí, aprende logo. Daqui a um ano, quero você de volta”.
iG: E seu pai? Como fica com a ausência dela?
Camilla Camargo: Meu pai quase morre. Fala que agora, quando ela vier, não vai deixar mais ela voltar. “Vou amarrar ela”, ele brinca. Fala que a casa está triste sem a mãe. É difícil. Mas não tem jeito.
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